
Cientistas dizem que escurecer o sol pode causar caos global
Por Science Daily
Tradução [br] 28/10/2025
Cientistas estão levando adiante o conceito, antes considerado radical, de diminuir a intensidade da luz solar por meio de aerossóis estratosféricos. A injeção de ar secundário (SAI) é levada a sério, mas uma equipe da Universidade de Columbia alerta que a realidade é muito mais complexa do que os modelos sugerem. O estudo revela como restrições físicas, geopolíticas e econômicas podem comprometer até mesmo as tentativas mais bem-intencionadas de resfriar o planeta. De interrupções imprevisíveis nas monções à escassez de materiais e ineficiências ópticas, cada etapa introduz novos riscos.
Uma ideia antes descartada como ficção científica — resfriar a Terra dispersando partículas refletoras da luz solar na alta atmosfera — agora está sendo levada a sério por pesquisadores. Essa técnica proposta, chamada injeção de aerossóis estratosféricos (SAI, na sigla em inglês), visa compensar o aquecimento global imitando o efeito de resfriamento das erupções vulcânicas. Centenas de modelos científicos exploraram como isso poderia funcionar. No entanto, pesquisadores da Universidade Columbia alertam que esses modelos não levam em conta a complexidade, a incerteza e os riscos potenciais de tal empreendimento.
“Mesmo quando as simulações de SAI em modelos climáticos são sofisticadas, elas serão necessariamente idealizadas. Os pesquisadores modelam partículas perfeitas, com o tamanho perfeito. E na simulação, eles colocam exatamente a quantidade desejada e onde as desejam. Mas quando começamos a considerar a situação real, em comparação com essa situação idealizada, isso revela muita incerteza nessas previsões”, diz V. Faye McNeill, química atmosférica e cientista de aerossóis da Escola de Clima e da Faculdade de Engenharia da Universidade Columbia.
“Há uma série de coisas que podem acontecer se você tentar fazer isso — e argumentamos que a gama de resultados possíveis é muito maior do que qualquer um imaginava até agora.”
Explorando os limites da geoengenharia solar
Em um estudo publicado na Scientific Reports , McNeill e sua equipe examinaram as barreiras físicas, políticas e econômicas que tornam a Injeção Superficial de Ar (ISA) muito mais complexa na prática do que na teoria. Eles revisaram estudos existentes para entender como os resultados da ISA dependeriam dos detalhes de como e onde ela é implementada. Os principais fatores incluem a altitude e a latitude da liberação de partículas, a época do ano e a quantidade total de material injetado na atmosfera.
Dentre essas variáveis, a latitude parece ter a maior influência. Esforços de SAI concentrados perto dos polos, por exemplo, podem perturbar as monções tropicais, enquanto liberações perto do equador podem alterar as correntes de jato e interferir na circulação atmosférica global.
“Não se trata apenas de lançar cinco teragramas de enxofre na atmosfera. Importa onde e quando isso é feito”, afirma McNeill. Essas variações sugerem que, se a Injeção Supercrítica de Enxofre (SAI) ocorrer, ela deverá ser feita de forma centralizada e coordenada. No entanto, dadas as realidades geopolíticas, os pesquisadores dizem que isso é improvável.
Lições dos Vulcões
A maioria dos modelos climáticos que estudam a Intrusão Sulfúrica de Aerossóis (ISA) pressupõe o uso de aerossóis de sulfato, semelhantes aos compostos produzidos por erupções vulcânicas. Quando o Monte Pinatubo entrou em erupção em 1991, por exemplo, as temperaturas globais caíram quase um grau Celsius durante vários anos. Esse evento é frequentemente citado como evidência de que a ISA poderia resfriar temporariamente o planeta.
Mas a atividade vulcânica também evidencia os riscos. A erupção do Pinatubo interrompeu o sistema de monções da Índia, reduziu as chuvas no sul da Ásia e contribuiu para a destruição da camada de ozono. Efeitos secundários semelhantes podem resultar da libertação artificial de sulfatos, incluindo chuva ácida e contaminação do solo. Estas preocupações têm levado os cientistas a investigar outros materiais potencialmente mais seguros.
Em busca de melhores materiais
As alternativas propostas incluem minerais como carbonato de cálcio, alumina alfa, rutilo e titânia anatase, zircônia cúbica e até mesmo diamante. Embora muita atenção tenha sido dada à capacidade desses materiais de dispersar a luz solar, outras questões essenciais — como sua disponibilidade e praticidade — foram menos exploradas.
“Os cientistas têm discutido o uso de aerossóis candidatos sem muita consideração sobre como as limitações práticas podem restringir a capacidade de injetar grandes quantidades deles anualmente”, diz Miranda Hack, cientista de aerossóis da Universidade Columbia e principal autora do novo artigo. “Muitos dos materiais que foram propostos não são particularmente abundantes.”
O diamante, por exemplo, teria um bom desempenho óptico, mas é muito escasso e caro para ser usado. A zircônia cúbica e o rutilo de titânio poderiam, em teoria, atender à demanda, mas a modelagem econômica feita pela equipe da Universidade Columbia sugere que os custos de produção disparariam com o aumento da demanda. Apenas o carbonato de cálcio e a alumina alfa são abundantes o suficiente para serem viáveis em larga escala, mas ambos enfrentam sérios problemas técnicos durante a dispersão.
Partículas pequenas, grandes problemas
Para que a SAI funcione, as partículas devem permanecer extremamente pequenas — com menos de um mícron de tamanho. No entanto, as alternativas minerais tendem a se aglomerar em agregados maiores. Esses aglomerados maiores dispersam a luz solar com menos eficiência e se comportam de maneira imprevisível na atmosfera.
“Em vez de termos essas propriedades ópticas perfeitas, temos algo muito pior. Em comparação com o sulfato, não acho que necessariamente veríamos os tipos de benefícios climáticos que foram discutidos”, diz Hack.
Uma estratégia repleta de incertezas
Segundo os pesquisadores, as muitas incógnitas que envolvem a SAI — desde a logística de implantação até o desempenho dos materiais — tornam a técnica ainda mais incerta do que se acreditava anteriormente. Esses desafios devem ser claramente reconhecidos quando formuladores de políticas e cientistas discutirem o futuro da geoengenharia solar.
“Quando se trata de geoengenharia solar, tudo se resume à avaliação dos riscos envolvidos”, afirma Gernot Wagner, economista climático da Columbia Business School e colaborador próximo da Climate School. Diante da complexidade inerente à Infraestrutura Acústica Solar (SAI), ele diz: “não vai acontecer da forma como 99% desses estudos descrevem”.
O estudo também lista Daniel Steingart, codiretor do Centro de Energia Eletroquímica da Universidade Columbia, como coautor. Juntos, a equipe enfatiza que, embora a SAI possa parecer uma solução rápida e atraente para o aquecimento global, o caminho para realmente resfriar o planeta pode ser muito mais perigoso e imprevisível do que aparenta.
Por Science Daily
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